Startup cresce 300% na pandemia e fatura 7 milhões só em 2021, ensinando varejistas a vender em marketplaces

Petina, startup de performance em marketplaces, dobrou de tamanho no segundo semestre de 2021, com mais de 300% de crescimento

Fundada em 2015, a Petina, startup de curadoria e mentoria de marketplace, teve um grande  salto em 2020, com a aceleração da transformação digital, potencializada durante a pandemia. A grande sacada foi escalonar vendas de indústrias e importadoras em marketplaces, como Mercado Livre, B2W, Amazon, Magazine Luiza, Netshoes, Mobly, Droga Raia e Leroy Merlin, entre outros. A empresa também atua com marcas menores, mas o crescimento foi impulsionado sobretudo pelos grandes varejistas.

Rodrigo Garcia explica crescimento da Petina. Foto: Divulgação

De acordo com Rodrigo Garcia, Diretor Executivo da Petina, grande parte das empresas ainda deixa de ampliar suas vendas ou perde negócio por falta de conhecimento nas plataformas. “As indústrias sabem a importância das vendas diretas dentro dos marketplaces como estratégia para aumentar suas receitas, tornando o ciclo de mais sustentável, sem um intermediador.” 

Com a alta demanda de clientes, gigantes de varejo, principalmente ligados ao setor têxtil, junto ao consumidor final, a Petina fechou 2021 com R$ 7 mi de faturamento, mais do que duplicando o faturamento em relação ao ano anterior. O número de colaboradores também dobrou. “Nossa estimativa é crescer entre 150% e 200% em 2022, por conta do aquecimento do mercado”, finaliza. 

Integração de canais para lojas em marketplaces

Atualmente, a Petina presta curadoria e mentoria para gigantes no varejo físico com e-commerces próprios, mas que por algum motivo ainda não conseguiram deslanchar dentro dos marketplaces, como é o caso da Nike, que desde outubro de 2019 já opera com uma loja oficial dentro do Mercado Livre. A startup presta consultoria para implementação da loja nos marketplaces com as boas práticas necessárias para funcionamento e treinamento para todos os setores: cadastro, SAC, publicidade, fiscal e financeiro.

Segundo Garcia, o erro mais comum dos sellers está em operar sem integração entre canais, fato que gera conflito, não venda. “Nosso diferencial é a velocidade na otimização de todas as ferramentas para implantação das lojas nos marketplaces. Depois que o vendedor envia toda a documentação e o cadastro estiver validado nas plataformas, em até 30 dias entregamos, no mínimo, quatro canais prontos para ele vender. Otimizamos todo o processo de venda, do preço até o SAC ”, explica.

E-commerce em alta

Em 2020,  segundo dados do estudo Webshoppers (Ebit/Nielsen & Bexs Banco) o faturamento do e-commerce – compra e venda de produtos pela internet – cresceu 41% em 2020, com mais de 194 milhões de pedidos feitos por consumidores brasileiros no ano. No total, as vendas somaram cerca de R$ 87,4 bilhões no período, impulsionadas pela pandemia de Covid-19.

O crescimento de compras por smartphone foi o maior contribuinte para o ano histórico do e-commerce, com 55,1%. Isso significa um aumento de 79% em relação a 2019.

Já as redes sociais estão cada vez mais como aliadas das vendas online. Entre os segmentos que mais venderam em 2020, estão: Casa e Decoração (55%), seguidos por Roupas e Calçados (44%) e Perfumaria (38%)