Dificuldades logísticas e preço de insumos desafiam energia solar no Brasil

Empresas brasileiras vêm buscando alternativas como parcerias com fabricantes para garantir que não haverá falta de geradores apesar da crescente demanda e incertezas do mercado

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), o setor teve investimentos estimados em R$ 57,2 bilhões nos últimos dez anos, superando 11 GW de potência operacional integrando a geração de usinas de grande porte e sistemas instalados em fachadas, telhados e terrenos. O setor fotovoltaico também gerou mais de 330 mil empregos acumulados desde 2012.

No segmento de geração própria, chamado de Geração Distribuída, ainda de acordo com a ABSOLAR, a potência instalada de energia solar já chegou a 7,2 GW. Esse número representa mais de R$ 36,4 bilhões em investimentos e R$ 8,9 bilhões arrecadados desde 2012, de forma acumulada. Sistemas de geração distribuída são residências brasileiras, propriedades rurais, pequenos negócios e prédios públicos.

Risco de apagão e crescimento da adesão à fonte solar

O anúncio da adoção da tarifa vermelha pelas concessionárias de energia elétrica no país foi resultado de uma das maiores crises hídricas da nossa história, o que influenciou diretamente a procura por soluções de energia solar fotovoltaica e geração distribuída.

Além do aumento da tarifa de energia, o risco de racionamento e apagão representaram um grande empurrão para a adoção da energia solar para quem ainda estava em dúvida sobre investir ou não na geração de energia limpa. E foi justamente essa combinação de fatores que impulsionou o maior crescimento do mercado fotovoltaico brasileiro dos últimos tempos.

De acordo com Aldo Teixeira, fundador e presidente da Aldo Solar, que soluções para a geração de energia solar no país, “o que se viu foi 50% de aumento em agosto em comparação à média do primeiro semestre, que já apresentava crescimento em relação a 2020. Setembro confirmou essa tendência de forte crescimento com outros 50% de aumento, mês a mês. E, apesar de todos os desafios enfrentados pelo setor, a previsão é terminar outubro com outros 50% de crescimento no volume de negócios”.

Questões logísticas e econômicas desafiam mercado

Com a alta do dólar, o aumento nos preços de insumos como o silício, aumento de 1000% no valor do frete marítimo e a falta de garantia de embarques por parte dos armadores, o mercado mundial vem enfrentando dificuldades, que se tornam desafios ainda maiores no Brasil por conta dos custos logísticos das rotas internacionais para o País. Apesar da crescente demanda, as empresas de energia solar passam por risco de desabastecimento de equipamentos.

Leia mais sobre o custo logístico para trazer mercadorias e equipamentos ao Brasil nesta matéria.

Para evitar esses desafios, empresas como a Aldo Solar vêm investindo em parcerias e contratos de longa data assinados com fabricantes mundiais de soluções solares, como Growatt e Jinko, que preveem a garantia das entregas mesmo com todos os desafios logísticos que o mercado mundial vem enfrentando.

Energia solar: redução de até 90% dos gastos com energia elétrica

A tecnologia solar conta com grande agilidade e versatilidade. Para residências ou empresas é preciso apenas um dia para se ter uma pequena usina de eletricidade renovável, limpa e acessível. A energia solar é acessível, competitiva e ajuda a aliviar a conta de luz, reduzindo em até 90% dos gastos com eletricidade.

“Já não podemos mais dar as costas para a nova realidade do Brasil e do mundo. Contar com uma fonte de energia limpa e competitiva é essencial para que o país recupere sua economia e cresça. Dessa forma, a energia solar é parte importante dessa solução e pode proporcionar muitas oportunidades de emprego, economia e renda para as pessoas” conclui Aldo.

Com informações da assessoria